quinta-feira, 3 de maio de 2018

Dicas de Atividades

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As atividades sugeridas podem ser ampliadas a partir do trabalho com sequências didáticas, a fim de promover para a criança surda uma educação de qualidade e tendo por objetivo um trabalho bilíngue.
 A partir das teorias de Vygotsky, Fernandes e Correa (2012, p. 24), entendem que o sujeito bilíngue é aquele que faz uso de dois sistemas simbólicos. Sendo assim, o bilinguismo está baseado no conceito de sistemas significantes distintos, organizados por signos que demonstram as diferentes formas de categorização da experiência, além de serem sistemas abstratos, afetando mentes potenciais, introduzindo experiências concretas ao processo de geração dos significados. 

Para Quadros (2012), no sistema de educação bilíngue para surdos, a segunda língua, chamada de L2, é a escrita e a língua oral, cujo processo de ensino funcionaria como a aprendizagem de uma língua estrangeira e, portanto, dependente da aquisição da língua de sinais. Botelho (2005) entende que o surdo que possui a L1 pode desenvolver habilidades linguísticas e metalinguísticas, contidas em outras línguas, e uma das maneiras de ensina-lo e por meio da instrução comparativa entre os sistemas linguísticos.


  Para contar histórias (oralizadas) aos alunos, se você tem na sala alunos surdos ou com deficiência auditiva, utilize recursos visuais e, ao longo da narrativa, observe se as crianças – mediante, por exemplo, expressões de admiração, medo, riso, etc. – demonstram compreender o que está ocorrendo. Utilize objetos: bonecos, bichos, carrinhos, casinhas, etc. Ao terminar, peça aos alunos que desenhem a história e então procure perceber no desenho da criança surda os detalhes das cores, dos tamanhos e, sobretudo, dos sentimentos que se evidenciam no texto: medo, maldade, alívio, etc.

Faça kits de “contação” de histórias:

1. Avental de histórias;
2. Saco de histórias;
3. Caixa de histórias;

Métodos de Alfabetização

Matemática
Atividade: Jogo de Dominó.
Objetivo: Associar o sinal à figura correspondente; ampliar o vocabulário.

Público alvo: Alunos em fase de alfabetização.




Português

Atividade: Cores.
Objetivo: Reconhecer os sinais das cores; relacionar o sinal com a escrita em português;
Público alvo: Alunos em fase de alfabetização. 




Dicas...

As atividades sugeridas podem ser ampliadas a partir do trabalho com sequências didáticas, a fim de promover para a criança surda uma educação de qualidade e tendo por objetivo um trabalho bilíngue.
 A partir das teorias de Vygotsky, Fernandes e Correa (2012, p. 24), entendem que o sujeito bilíngue é aquele que faz uso de dois sistemas simbólicos. Sendo assim, o bilinguismo está baseado no conceito de sistemas significantes distintos, organizados por signos que demonstram as diferentes formas de categorização da experiência, além de serem sistemas abstratos, afetando mentes potenciais, introduzindo experiências concretas ao processo de geração dos significados. Para Quadros (2012), no sistema de educação bilíngue para surdos, a segunda língua, chamada de L2, é a escrita e a língua oral, cujo processo de ensino funcionaria como a aprendizagem de uma língua estrangeira e, portanto, dependente da aquisição da língua de sinais. Botelho (2005) entende que o surdo que possui a L1 pode desenvolver habilidades linguísticas e metalinguísticas, contidas em outras línguas, e uma das maneiras de ensina-lo e por meio da instrução comparativa entre os sistemas linguísticos.


Deficientes Auditivos


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Tratamento da perda auditiva

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 Perda de audição é tratada com base na causa da deficiência auditiva. Geralmente, aqueles com perda auditiva condutiva beneficiam de terapia e podem ser prescritos de aparelhos auditivos.
No entanto, aqueles com perda auditiva neurossensorial pode ter uma condição mais permanente que não pode ser tratada. Isto é porque nestes pacientes estão danificadas os nervos e as sensíveis células ciliadas da cóclea e estas não podem ser reparadas e estes permanecem danificados para o resto da vida de uma pessoa. No entanto, existem métodos para lidar com a perda de audição que pode melhorar a qualidade de vida. (1-5)

Tratamento de perda de audição

Tratamento de perda auditiva incluem:
  • Remoção de cera ou objeto estranho que está levando a uma perda auditiva condutiva
  • Uma infecção aguda ou a longo prazo do ouvido médio também pode levar à perda de audição. Estes precisam de ser tratadas com antibióticos apropriados.
  • Perfuração de orelha tambor após infecção ou lesão pode ser corrigida com uma cirurgia chamada timpanoplastia. Um retalho de tecido é tomado e a membrana é reparada para restaurar a audição.

Aparelhos auditivos

São dispositivos que servem para aumentar o volume dos sons entrando no ouvido e ajudam a pessoa a ouvir com mais clareza. Estes incluem peças como um microfone, amplificador, alto-falante e uma bateria.
Auditivas anteriores eram grandes e muitas vezes visível. Estes dias a aids são muito pequenas e discretas e podem ser usada dentro da orelha. Ajuda funciona apenas com o microfone, pegar o som e o amplificador, aumentando seu volume.
Podem também distinguir entre a conversa e o ruído de fundo e seletivamente ajudar a ouvir a conversa.
Por trás da orelha (BTE) aparelhos auditivos estão disponíveis estes dias que ficar dentro do ouvido e tem uma poção que vai atrás da orelha. Estes podem ter dois microfones que ajudam o paciente a ouvir sons na vizinhança geral ou se concentrar em uma conversa ou o som de uma determinada direção.
Outros tipos são auditivas em do ouvido (ITE) e completamente no canal (CIC) aparelhos auditivos.
Aparelhos auditivos também podem ser auditivas de corpo (BW) com uma pequena caixa contendo o microfone cortado para a roupa ou colocado dentro do bolso.
Estes podem ser usados com os melhores benefícios em leve a perda auditiva moderada e são inúteis, surdez neurossensorial e profunda.
Alguns aparelhos auditivos são úteis em defeitos de condução óssea. Estas vibram em resposta aos sons vai para o microfone. Outra variedade é o auditivo ancorado de osso chamado osso ancorado auditivas (BAHA).
Outra variedade é o aparelho auditivo CROS que é útil para as pessoas que têm apenas a audição em um ouvido. O auxílio capta sons para o ouvido ruim e transmite para o ouvido bom.
BiCROS aparelhos auditivos pode ser usados de forma semelhante em pessoas que não têm qualquer audição em um ouvido e tem audiência na outra orelha limitada. Algumas pessoas também podem usar aparelhos auditivos descartáveis.

Outros tratamentos para perda de audição

  • Alguns pacientes podem precisar de implantes do ouvido médio também. Estes são inseridos dentro do ouvido com a ajuda de um pequeno procedimento cirúrgico. Estes ajudam os ossículos para conduzir os sons dentro do ouvido.
  • Implantes cocleares-estes são os implantes do ouvido interno que podem ser colocados dentro do ouvido com uma cirurgia. Estes podem ser usados em pacientes com perda auditiva neurossensorial em ambos os ouvidos.
  • Pacientes com moderada a perda auditiva profunda precisam aprender uma linguagem de sinais ou a leitura labial. Estes incluem a língua de sinais britânica (BSL) ou assinado Inglês e Paget Gorman assinado fala.

Métodos para lidar com a perda de audição

Pacientes com perda auditiva podem adoptar dicas simples para lidar. Estes incluem:
  • Os pacientes precisam possuir até sobre sua deficiência auditiva, para que os oradores falam mais alto e mais claro e não recorrer a sussurros e formulários curtos
  • Olhando para os lábios do orador quando eles falam que ajuda
  • Conversas podem ser realizadas em lugares mais silenciosos para fácil compreensão
  • Apoio da família e amigo para os pacientes com perda auditiva é vital para lidar com a perda de audição

Prevenção de perda auditiva

Prevenção de perda de audição envolve a redução dos riscos. Estes incluem:
  • Infecções de ouvido precisam ser tratado na infância para que eles não levam à perda de audição a longo prazo
  • Deve ser evitada a acumulação de cera de ouvido
  • Nada deve ser inserido dentro do canal auditivo. Isso inclui brinquedos, cotonetes, algodão e tecido.
  • Barulhos de sistemas de música, ambiente de trabalho pode danificar a audição. Estes devem ser evitados ou equipamentos de proteção de ouvido especiais serão aprovados.
  • Desde que certas infecções virais podem levar a perda de audição todas as crianças precisam de vacinação contra sarampo, caxumba e rubéola e infecções

quinta-feira, 12 de abril de 2018

Primeira oradora com deficiência auditiva do UniCEUB


Surdos ouvindo pela primeira vez! Emocionante!


Deficiência Auditiva

A história da top model Brenda Costa e a superação de sua deficiência auditiva

A carioca Brenda Costa, 33 anos, nasceu surda, porém, nunca gostou de se comunicar pela linguagem dos sinais. Aprendeu a falar (coisa rara para quem não ouve), virou expert em leitura labial (em várias línguas!) e ganhou o mundo como modelo - até fotografou com Mario Testino. Mas também sofreu preconceito e foi humilhada por sua condição física. 

Há nove anos conheceu seu príncipe, Karim Al-Fayed, surdo como ela e herdeiro de uma das maiores fortunas do planeta. Eles têm uma filhinha perfeita. Sim, é exatamente o que parece: um conto de fadas com final feliz! Aqui, ela conta um pouquinho desta fábula moderna.
Sou carioca, filha única e surda de nascença - fato que nunca, gosto sempre de frisar, me impediu de realizar tudo o que quis na vida: desde me comunicar no dia a dia até trabalhar, pagar minhas contas, morar fora (em Nova York, Paris e Londres, onde resido hoje), namorar, casar e criar uma filha linda. Sou uma das poucas surdas que conheço que fala. É que o fato de não ouvir dificulta muito o processo de falar. Consigo me fazer entender, ainda que não articule os sons com perfeição, e isso foi fundamental para que eu realizasse tudo o que realizei. O fato de nunca ter estudado em escola especial ajudou bastante. Desde novinha tive de me esforçar muito para entender os amigos na escola, os professores... A vida toda conciliei rotina escolar com sessões de terapia e fonoaudiologia. Também estudei leitura labial e hoje, além do português, entendo francês, italiano e inglês.


Príncipe

Tive muitos golpes de sorte na vida... Um dos maiores, melhores e que mais rendeu frutos foi conhecer num trabalho o amor da minha vida, com quem esotu há nove anos: o Karim (Al-Fayed, egípcio, filho do bilionário Mohamed Al-Fayed e irmão de Dodi, namorado da princesa Diana que morreu com ela no acidente de 1997). Antes dele tive namorados, claro, mas nunca com uma conexão assim! O Karim é fotógrafo e me conheceu numa campanha. Ele ficou louco atrás do meu telefone e, como a agência fez jogo duro, me escalou pra outra campanha, da Harrods, para poder me encontrar. O resto você pode imaginar... me apaixonei - e a recíproca foi verdadeira! Ah, faltou mencionar que o Karim também é deficiente auditivo. Ao contrário de mim, ele não nasceu assim - sua surdez é resultado da meningite que teve quando criança. Claro que essa coincidência terminou nos unindo. Nós dois conhecemos bem a linguagem dos sinais, mas não gostamos de usar. Sabemos e preferimos ler lábios em diferentes idiomas e temos a habilidade de falar - coisa que ele aprendeu também depois de muitas sessões de fono.
O Karim é um homem importante e sinto o maior orgulho disso, embora para mim ele seja "só" pai da nossa Antônia, hoje com 5 anos, e meu marido - um homem encantador, superprotetor, carinhoso e gentil. Se eu puder citar uma parte chata dessa história toda é que, às vezes, preciso bloquear minha agenda como modelo para poder aomcpanhá-lo nos compromissos (Karim atua como fotógrafo, é diretor de fotografia de cinema e, bem, herdeiro de uma das maiores fortunas do planeta). É assim quando se é mulher de alguém tão ocupado, fazer o quê? Isso me machuca um pouco, porque eu amo ser modelo, adoro trabalhar... Mas não se pode ter tudo, né?

Minha mãe, minha filha, minha voz

Para falar a verdade, sinto que tenho quase tudo. Antônia veio coroar lindamente minha história de superação. Nunca temi que ela tivesse deficiência auditiva. Graças a Deus, minha filha escuta bem e nos entende perfeitamente. Como explicar isso? Parace que desde bebê ela sabe que não escutamos... Quando queria chamar nossa atenção, intuitivamente nos tocava, em vez de emitir sons, como fazem as crianças. Hoje, nos avisa quando a campainha ou o telefone da casa estão tocando. Antônia não conhece a língua dos sinais, mas fala inglês e português e gesticula muito bem. Nossa comunicação - minha, dela e do Karim - se dá por uma linguagem corporal única, que fomos criando naturalmente.
Tento fazer tudo o que posso pela minha filha: dou banho, levo e busco na escola, brinco, faço o dever de casa... Quero ser para ela o que minha mãe foi pra mim. Minha mãe sempre foi minha voz, um pedaço meu. Quando viajo a trabalho, fico doida querendo entrar no Skype pra ver a Antônia, para mostrar o que estou fazendo. Amo quando ela fica imitando minhas poses de modelo!

E o dinheiro?

Hoje, aos 31 anos, não sinto mais dificuldades ou preconceito por ser surda. Superei minhas inseguranças e me acostumei a viver dentro das minhas limitações. Vez ou outra me dizem que é fácil sentir essa aceitação toda porque tenho dinheiro. Bem, de fato o dinheiro é uma ferramenta para deixar a vida mais confortável e me ajudou muito a melhorar a minha comunicação. Afinal, fiz todos os tratamentos possíveis para poder falar e, em 2066, coloquei um implante coclear, uma cirurgia caríssima que proporciona uma leve sensação auditiva - como esquecer o som do vento, a primeira coisa que ouvi? Ou a primeira vez que minha mãe disse o meu nome?
Mas com ou sem dinheiro, uma coisa eu aprendi nesta vida: a gente precisa passar por cima das barreiras e lutar pelo que quer. Pode parecer bobo e óbvio, porém minha história prova que é possível. Mais: que vale a pena. Quero um dia trabalhar em uma ONG brasileira e fazer campanhas para mostrar que os deficientes auditivos podem vencer, ter sucesso em suas profissões, se superarem também no âmbito pessoal. Quero ver alguém dizer não.


Dicas para trabalhar com aluno surdo em sala de aula


  ü  Para contar histórias (oralizadas) aos alunos, se você tem na sala alunos surdos ou com deficiência auditiva, utilize recursos visuais e, ao longo da narrativa, observe se as crianças – mediante, por exemplo, expressões de admiração, medo, riso, etc. – demonstram compreender o que está ocorrendo. Utilize objetos: bonecos, bichos, carrinhos, casinhas, etc. Ao terminar, peça aos alunos que desenhem a história e então procure perceber no desenho da criança surda os detalhes das cores, dos tamanhos e, sobretudo, dos sentimentos que se evidenciam no texto: medo, maldade, alívio, etc.

ü  Para a alfabetização, principalmente se você tem alunos surdos/DAs, não é muito indicado que utilize o método sintético – silabação. A escrita deve estar sempre associada ao seu significado, ou seja, a palavras, frases ou textos. Faça uma atividade de escrita dos nomes dos objetos da sala e, em seguida, afixe-os nos lugares correspondentes a eles: porta, janela, lousa, etc. Faça listas de outros objetos da escola, da casa, da cidade, do parque, da igreja, etc.

ü  Faça um painel com as letras do alfabeto e, na vertical, na direção da letra, peça aos alunos que colem figuras e escrevam o nome correspondente.

ü  Recorte figuras de revistas, cole-as em cartolina, faça legendas que as descrevam e pendure-as na parede da sala. Alguns dias depois, retire as legendas e peça que, com basenas figuras, os alunos reescrevam as legendas.

ü  Para escrever os nomes das cores, utilize o lápis da cor escrita. Por exemplo, escreva vermelho com lápis vermelho, etc. Peça que os alunos façam a bandeira do Brasil, de cada um dos Estados, etc.

ü  Caso haja surdos/DAs em sua turma, para auxiliar a memorização da escrita, faça crachás com os nomes de todos, incluindo o seu, para serem usados durante a aula.

quinta-feira, 29 de março de 2018

A Família Bélier



Ficha técnica completa


TítuloLa Famille Bélier (Original)
Ano produção2014
Dirigido porEric Lartigau
Estreia
25 de Dezembro de 2014 ( Brasil ) 
Duração106 minutos
Classificação
 12 - Não recomendado para menores de 12 anos
Gênero
Comédia Drama Música
Países de OrigemFrança

Sinopse

Paula (Louane Emera) é uma adolescente francesa que enfrenta todas as questões comuns de sua idade: o primeiro amor, os problemas na escola, as brigas com os pais... Mas a sua família tem algo diferente: seu pai (François Damiens), sua mãe (Karin Viard) e o irmão são surdos. É Paula quem administra a fazenda familiar, e que traduz a língua de sinais nas conversas com os vizinhos. Um dia, ela descobre ter o talento para o canto, podendo integrar uma escola prestigiosa em Paris. Mas como abandonar os pais e o irmão?

TRAILER 

Diversidade da Deficiência Auditiva




Conhecendo a Deficiência Auditiva


Alfabeto em Libras


O que é deficiência auditiva?

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   Dona de um Curriculum invejável em tudo o que se relaciona a deficiências auditivas e à fonoaudiologia, Ana Maria Amaral Roslyng Jensen escreveu um trabalho interessante que está na Internet e que se intitula "O Começo" . Ao seu final ela afirma:



"Atualmente a idade média de detecção de perdas auditivas significativas é de 14 meses (1999). A meta por enquanto, da Academia Americana de Pediatria, de Audiologia e do Joint Committee on Infant Hearing para o ano 2000, é que as deficiências de audição sejam detectadas antes dos 3 meses e os procedimentos de reabilitação, orientação familiar e colocação de próteses auditivas (aparelhos) não ultrapassem os 6 meses.
E por que é tão crítico este período? Por motivos orgânicos, funcionais e cognitivos o ser humano é programado para desenvolver a fala e a linguagem entre o nascimento e a idade de 2 anos.

Mesmo perdas moderadas levam a sérios efeitos no processo de desenvolvimento da fala, linguagem e cognição. Cognição está presente desde o berço. Não é conhecimento escolar, mostra-se na habilidade de uma criança brincar. Brincar começa com a vida na relação do bebê com a mãe.
Quando vamos ao parque e assistimos crianças brincando na areia, fazendo bolo ou empurrando carrinhos, elas além de brincar estão usando a cognição para representação de seu mundo interno.

É lindo de ver! É triste de pensar que a criança que não pode ouvir desde o nascimento ficará privada desta maravilha e outras funções na vida se não for auxiliada cedo.
Fica aqui a mensagem: Temos a obrigação e o dever de prevenir, diagnosticar e educar para mais tarde termos pessoas adultas que possam vencer barreiras, que as deficiências auditivas trazem e tornar-se cidadãos úteis, independentes, integrados e se possível mais felizes".

São muito os fatores que levam à deficiência auditiva ou surdez. É muito interessante que conheçamos algumas indicações para reconhecermos sinais de deficiência auditiva, como prevenir o mal e como lidar com a situação. No sentido de facilitar o leitor e de não ficar repetindo materiais já elaborados, transcrevemos a seguir aquele que foi compilado, preparado e finalizado pela Associação Amigos Metroviários dos Excepcionais - AME, que foi colocado no site de Entre Amigos:

"Deficiência Auditiva - O que é

Deficiência auditiva é o nome usado para indicar perda de audição ou diminuição na capacidade de escutar os sons. Qualquer problema que ocorra em alguma das partes do ouvido pode levar a uma deficiência na audição. Entre as várias deficiências auditivas existentes, há as que podem ser classificadas como condutiva, mista ou neurossensorial. A condutiva é causada por um problema localizado no ouvido externo e/ou médio, que tem por função "conduzir" o som até o ouvido interno.

Esta deficiência, em muitos casos, é reversível e geralmente não precisa de tratamento com aparelho auditivo, apenas cuidados médicos. Se ocorre uma lesão no ouvido interno, há uma deficiência que recebe o nome de "neurossensorial". Nesse caso, não há problemas na "condução" do som, mas acontece uma diminuição na capacidade de receber os sons que passam pelo ouvido externo e ouvido médio. A deficiência neurossensorial faz com que as pessoas escutem menos e também tenham maior dificuldade de perceber as diferenças entre os sons.

A deficiência auditiva mista ocorre quando há ambas perdas auditivas: condutiva e neurossensorial numa mesma pessoa. 

O que causa a deficiência auditiva?

São várias as causas que levam à deficiência auditiva. A deficiência auditiva condutiva, por exemplo, tem como um dos fatores o acúmulo de cera no canal auditivo externo, gerando perda na audição. Outra causa são as otites. Quando uma pessoa tem uma infecção no ouvido médio, essa parte do ouvido pode perder ou diminuir sua capacidade de "conduzir" o som até o ouvido interno.

No caso da deficiência neurossensorial, há vários fatores que a causam, sendo um deles o genético. Algumas doenças, como rubéola, varíola ou toxoplasmose, e medicamentos tomados pela mãe durante a gravidez podem causar rebaixamento auditivo no bebê. Também a incompatibilidade de sangue entre mãe e bebê (fator RH) pode fazer com que a criança nasça com problemas auditivos. Uma criança ou adulto com meningite, sarampo ou caxumba também pode ter como seqüela a deficiência auditiva.

Infecções nos ouvidos, especialmente as repetidas e prolongadas e a exposição freqüente a barulho muito alto também podem causar deficiência auditiva.

Como reconhecer

É extremamente importante que a deficiência auditiva seja reconhecida o mais precocemente possível. Para tanto, os pais ou responsáveis devem observar as reações auditivas da criança. Os especialistas da área são enfáticos quanto à necessidade de tratamento o mais cedo possível.
Nos primeiros meses o bebê reage a sons como o de vozes ou de batidas de portas, piscando, assustando-se ou cessando seus movimentos. Por volta do
quarto ou quinto mês a criança já procura a fonte sonora, girando a cabeça ou virando seu corpo.
Se o bebê não reage a sons de fala, os pais devem ficar atentos e procurar aconselhamento com o pediatra, pois desde cedo o bebê distingue, pela voz, as pessoas que convivem com ele diariamente.
Deve-se também estar atento à criança que:
- assiste à televisão muito próxima do aparelho e que pede sempre para que o volume seja aumentado;
- só responde quando a pessoa fala de frente para ela; não reage a sons que não pode ver;
- pede que repitam várias vezes o que lhe foi dito, perguntando "o quê?", "como?" ou
- tem problemas de concentração na escola.
Crianças com problemas comportamentais também podem estar apresentando dificuldades auditivas. Até uma ligeira perda na capacidade de percepção auditiva pode influenciar o comportamento e o desenvolvimento da criança.

O que fazer
aparelhos auditivos
Uma vez constatada a deficiência, deve-se buscar um especialista em Otorrinolaringologia ou Fonoaudiologia o quanto antes. É necessário realizar um teste auditivo e outros exames médicos para localizar a deficiência.

Detectada a deficiência auditiva, avalia-se a necessidade e a importância da indicação correta de um aparelho auditivo, o qual deve estar adaptado às necessidades específicas de cada pessoa.

aparelho auditivo
No caso da deficiência em crianças, deve-se observar que há diferentes tipos de problemas auditivos e deve-se recorrer a métodos que melhor se adaptem às necessidades de cada criança.

Sempre que recomendado pelo especialista, o aparelho de amplificação de som individual deve ser providenciado o mais cedo possível. Deve haver também cuidados com sua manutenção para que um aparelho quebrado ou mau ajustado não prejudique ainda mais a criança com deficiência.

Dependendo do grau de deficiência auditiva, a educação especial deve ser indicada e iniciada o quanto antes.

Como evitar 

Há várias formas de se evitar a deficiência auditiva. A mulher deve sempre tomar a vacina contra a rubéola, de preferência antes da adolescência, para que durante a gravidez esteja protegida contra a doença. Se a gestante tiver contato com rubéola nos primeiros três meses de gravidez, o bebê pode nascer com problemas de audição.

Também devem ser evitados objetos utilizados para "limpar" os ouvidos, como grampos, palitos ou outros pontiagudos. Outro cuidado a ser observado é para a criança não introduzir nada nos ouvidos, correndo-se o risco de causar lesões no aparelho auditivo. Se isto ocorrer, o objeto não deve ser retirado em casa. A vítima deve procurar atendimento médico.

Saiba Mais
Muito mais poderá ser objeto de seu interesse, quando se discute a deficiência auditiva. Dentre os muitos sites existentes, procure acessar, na Internet, aquele mantido pelo Governo Federal Brasileiro, por meio de seus Ministérios da Educação e do Desporto, que se intitula: Educação Especial - Deficiência Auditiva, no seguinte endereço eletrônico: http://www.ines.org.br/ines_livros/livro.htm. 

Pavilhão Auditivo
No Brasil, segundo o Decreto 3298, de 20 de dezembro de 1999, em seu Artigo 4o , ficou estabelecido que a deficiência auditiva é a "perda parcial ou total das possibilidades auditivas sonoras, variando de graus e níveis na forma seguinte:

a) de 25 a 40 decibéis (db) - surdez leve;
b) de 41 a 55 db - surdez moderada;
c) de 56 a 70 db - surdez acentuada;
d) de 71 a 90 db - surdez severa;
e) acima de 91 db - surdez profunda; e
f) anacusia. " Inteire-se sobre o problema da deficiência auditiva em idosos,

acessando "Audição em Idosos". Esclareça-se também utilizando os conhecimentos repassados pela Sociedade Brasileira de Otologia, em http://www.sbotologia.com.br
No site você encontrará a área Fale Conosco.

Pessoas Famosas com Deficiência Auditiva


LUDWIG VAN BEETHOVEN
Compositor Musical


Beethoven transformou-se com muito esforço pessoal num dos maiores gênios da música erudita, apesar da gradativa perda da audição, desde seus 27 anos de idade. Em 1801, com 31 anos de idade, escreveu o seguinte: ..."minha faculdade mais nobre, minha audição, tem piorado muito" ... "esse problema causa-me as dificuldades menos significativas ao tocar ou ao compor e as maiores, quando em contado com os outros"... "meus ouvidos assobiam e fazem barulho sempre, dia e noite.

Em qualquer outra profissão isso poderia ser mais tolerável, mas na minha, essa condição é verdadeiramente atemorizante. Posso lhe dizer que vivo uma experiência miserável"...
Ludwig Van Beethoven

No "Testamento de Heiligenstadt", escreveu: "Oh, vós que me considerais e declarais hostil, obstinado ou misântropo, como sois injustos para comigo! Não conheceis as causas secretas que me fazem agir assim(...) E não me era possível dizer às pessoas: 'falem mais alto, gritem, porque estou surdo!' Ah, como podia eu proclamar a falta de um sentido que deveria possuir num grau mais elevado do que qualquer outro, um sentido que outrora foi em mim mais agudo do que em qualquer dos meus colegas?(...) Estou afastado dos divertimentos da vida em sociedade, dos prazeres da conversação, das efusões da amizade". A surdez gradativa evidentemente influenciou o próprio estilo de Beethoven.

Com a plena consciência de sua surdez total próxima, tornou-se sempre muito deprimido. E aos 52 anos de idade estava completamente surdo.
Contam seus biógrafos que ele foi o "maestro honorário" na primeira apresentação de sua 9ª Sinfonia, mantendo-se sentado ao lado do maestro regente. Não ouvia nada de toda a execução da magnífica peça musical, mas seguia sua evolução pela partitura em suas mãos.
Próximo ao final, estava atrasado alguns compassos e não notou quando a orquestra terminara. Um dos solistas veio imediatamente até ele e virou-o para a platéia que aplaudia delirantemente a obra e seu compositor.

Miss EUA de 1995
Heather Whitestone
No ano de 1995 a jovem Heather, nascida no Alabama, competiu ao título de Miss Estados Unidos... e venceu!
"E aqui está ela!... Miss Estados Unidos da América de 1995!!!"
... anunciou o locutor entusiasmado. No entanto, ao contrário de outras vencedoras do concurso em anos anteriores, Heather não ouviu nada dessas palavras consagradoras, nem a música, os aplausos e os muitos cumprimentos ao seu redor, ao ser abraçada e beijada por suas colegas concorrentes e ao encaminhar-se para o trono.
Ela era, na oportunidade, a primeira jovem com deficiência a ser escolhida como Miss Estados Unidos. Desde os 18 meses de idade ficara surda.
HEATHER WHITESTONE

Os médicos informaram seus pais que ela jamais passaria do nível de terceiro ano elementar, nem aprenderia a falar. No entanto, durante o concurso de Miss Estados Unidos, ela respondeu com desenvoltura às perguntas dos juízes e falou sobre seus objetivos na vida. Ela informou que gostaria de ajudar crianças de todas as raças e culturas a atingir seu potencial máximo na vida, a estabelecer elevados objetivos e realizá-los, como ela havia conseguido fazer. Foi notável o fato de que na sua prova sobre talento especial, durante o concurso, ela optou pelo balé. E saiu-se perfeitamente bem.

Heather tem sido a porta-voz da Fundação Helen Keller para Pesquisa sobre o Olho e da Fundação Starkey para Aparelhos Auditivos. Escreveu também um livro intitulado "Ouvindo com meu Coração" (Listening with My Heart).

Em suas atividades promocionais, Heather tem sido uma oradora que motiva as pessoas a acreditar e a implementar seus sonhos.

Dicas de Atividades

As atividades sugeridas podem ser ampliadas a partir do trabalho com sequências didáticas, a fim de promover para a criança surda uma ed...