As atividades sugeridas podem ser ampliadas a partir do trabalho com sequências didáticas, a fim de promover para a criança surda uma educação de qualidade e tendo por objetivo um trabalho bilíngue.
A partir das teorias de Vygotsky, Fernandes e Correa (2012, p. 24), entendem que o sujeito bilíngue é aquele que faz uso de dois sistemas simbólicos. Sendo assim, o bilinguismo está baseado no conceito de sistemas significantes distintos, organizados por signos que demonstram as diferentes formas de categorização da experiência, além de serem sistemas abstratos, afetando mentes potenciais, introduzindo experiências concretas ao processo de geração dos significados.
Para Quadros (2012), no sistema de educação bilíngue para surdos, a segunda língua, chamada de L2, é a escrita e a língua oral, cujo processo de ensino funcionaria como a aprendizagem de uma língua estrangeira e, portanto, dependente da aquisição da língua de sinais. Botelho (2005) entende que o surdo que possui a L1 pode desenvolver habilidades linguísticas e metalinguísticas, contidas em outras línguas, e uma das maneiras de ensina-lo e por meio da instrução comparativa entre os sistemas linguísticos.
Para contar histórias (oralizadas) aos alunos, se você tem na sala alunos surdos ou com deficiência auditiva, utilize recursos visuais e, ao longo da narrativa, observe se as crianças – mediante, por exemplo, expressões de admiração, medo, riso, etc. – demonstram compreender o que está ocorrendo. Utilize objetos: bonecos, bichos, carrinhos, casinhas, etc. Ao terminar, peça aos alunos que desenhem a história e então procure perceber no desenho da criança surda os detalhes das cores, dos tamanhos e, sobretudo, dos sentimentos que se evidenciam no texto: medo, maldade, alívio, etc.
Faça kits de “contação” de histórias:
1. Avental de histórias;
2. Saco de histórias;
3. Caixa de histórias;
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